quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sal

Famoso por ser o tipo mais usado para dar sabor à carne do churrasco, o sal grosso é também a versão mais nutritiva do sal. Sem passar pelo processo de refino comum ao sal de cozinha tradicional – que retira boa parte dos seus nutrientes e expõe os grãos a quantidades maiores de aditivos químicos na fábrica – ele pode, além de temperar a carne na brasa, ser usado para realçar o sabor de qualquer alimento no dia a dia.

Ainda que seja necessário à indústria acrescentar uma dose de iodo ao sal grosso, da mesma forma que faz com o sal de cozinha, o produto preserva uma série de nutrientes como o ferro, o cálcio e o magnésio, que são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. É por isso que a nutricionista Rute Mercurio, de São Paulo, recomenda inclusive que o pouco nutritivo sal de cozinha seja substituído pelo sal grosso no preparo cotidiano das refeições.

Quanto ao sal do saleiro, à primeira vista pode parecer estranho ter o produto à mesa, já que seus grãos são bem maiores e combinam mais com uma picanha suculenta no espeto do que com a saladinha ou a sopa do jantar. Mas a própria nutricionista sugere, para deixar o sal grosso com um aspecto muito parecido com o do sal comum, usá-lo moído em casa mesmo – existe para isso até um moedor apropriado, só para sal, mas um pilão ou liquidificador também resolvem. “Os grãos ficam mais finos e podem ser armazenados no saleiro comum”, diz ela.

Rute ressalta, porém, que as porções de cloreto de sódio nos dois casos são semelhantes. Por isso, principalmente as pessoas que têm problemas de hipertensão, por exemplo, devem ter cuidado com os excessos de sal na comida.

“A maior parte do sal que a gente consome todo dia, aliás, não está no saleiro, mas embutida nos produtos industrializados. É bom ir devagar nos dois casos”, lembra.

E o sal light?

O sal light recebe este nome por ser um produto formulado com cloreto de potássio, que substitui parte do cloreto de sódio contido no sal. Essa mistura é certamente mais saudável do que o sal de cozinha, diz Rute. No entanto, como o sódio é o principal responsável por conferir o gosto à comida, ela observa que algumas pessoas acabam usando quantidades bem maiores de sal light (que geralmente tem a metade do sódio do sal comum) para compensar. “No fim das contas, se a pessoa exagerar vem a dar no mesmo”, observa a nutricionista.

A quem quer reduzir o consumo de sal, Rute prefere mesmo recomendar o sal grosso. Além de ser mais nutritivo, outra vantagem de usar o produto não refinado, segundo ela, é que fica mais fácil reconhecer se o limite ideal foi ultrapassado ou não (especialmente se ele estiver moído).

No mercado, você encontra ainda outros tipos de sal que contribuem para uma dieta mais saudável, levando à redução do cloreto de sódio que ingerimos. Um deles é o gersal – sal misturados a sementes de gergelim torradas e amassadas, muito usado nas dietas vegetarianas e macrobiótica – e o sal de aipo, mistura gourmet com pequenos pedaços de aipo secos e triturados. Ambos são muito gostosos.

Essas e outras misturas podem ser feitas em casa também, tornando o sal mais saboroso, leve e nutritivo. Rute sugere, por exemplo, colocar o sal grosso ou já previamente moído no liquidificador e bater com salsinha, manjericão, orégano, alho, cebola e outros temperos de sua preferência. Fica ótimo para temperar frango, carne vermelha, arroz, feijão, refogado de verdura, salada e o que mais sua criatividade e bom gosto permitirem.

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