sábado, 12 de fevereiro de 2011

Alimentação Infantil

O Ministério da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo por seis meses, após o nascimento do bebê. Por exclusivo, entende-se que não precisa ser oferecida nem mesmo água à criança, no período. O leite contém a medida ideal de líquidos e nutrientes necessários para o desenvolvimento inicial do ser humano.

Com relação ao tempo, nem sempre as mães conseguem cumprir um período de licença maternidade mais longo. Isso reduz a disponibilidade da mulher para a amamentação. Por causa do emprego, algumas realizam o aleitamento exclusivo até os quatro meses de idade do filho. Nesses casos, continuam a alimentação por meio de fórmulas maternizadas, encontradas em farmácias ou supermercados. Um pediatra é capaz de oferecer melhores orientações a respeito do produto adequado.

Na hora de verificar a relação entre ganho de peso e idade da criança, Denise recomenda a tabela da Organização Mundial da Saúde (OMS), criada em 2006. Antes, a comparação era feita com base nas tabelas NCHS (anos 1970) e CDC (anos 2000), de origem americana. Como nos EUA existe o hábito de acrescentar leites mais calóricos à dieta do bebê, além do materno, podia haver a impressão de que o peso dos brasileiros estava abaixo da média.

A partir do quarto ou do sexto mês, depois da interrupção do aleitamento materno exclusivo, o bebê também pode passar a ter contato com outros alimentos. A introdução é feita de maneira lenta. No começo, a comida precisa ser ingerida na forma de papa, ganhando consistência com o passar dos meses. O ideal é que o leite da mãe complemente as refeições, sendo oferecido até os dois anos.

O aleitamento materno é importante para a saúde da criança. Em determinadas condições de saúde, no entanto, a mãe não pode amamentar. Segundo Denise, isso não deve se refletir em um sentimento de frustração, pois muitas das vantagens da amamentação podem ser obtidas por outras vias.

Confira alguns pontos em geral abordados no consultório médico:

Doenças crônicas no futuro: a pediatra afirma que o leite materno reduz as chances de doenças crônicas, na fase adulta. Todavia, outras condições também auxiliam na prevenção, como uma dieta adequada e a prática de exercícios físicos, em qualquer faixa etária.

Vínculo da mãe com o bebê: o contato e a amamentação tornam mais próxima a relação entre ambos. Com o crescimento da criança, isso também pode ser obtido por meio de diálogo, carinho e do bom relacionamento entre pais e filhos.

Morte súbita do lactante: de causa desconhecida, um dos riscos para bebês em todo o mundo, cujos índices são reduzidos pelo aleitamento materno. Outra forma de evitar, conforme explica a médica: a criança deve dormir de barriga para cima. Além disso, fumantes da família, ao chegarem em casa, devem lavar as mãos, o rosto e trocar as roupas, antes de entrar em contato com o bebê.

Sugando o leite: ao sugar o leite nos seios da mãe, o bebê desenvolve a musculatura relacionada à fala e à mastigação. Em caso de não haver aleitamento materno, o bico ortodôntico da mamadeira tenta simular as condições naturais.

Proteção: no aleitamento materno, anticorpos da mãe passam para o filho. Além disso, não há risco de contaminação da criança por um preparo inadequado do leite. Entre esses bebês, há menores índices de diarreia, meningite e infecção respiratória, por exemplo. Se não for possível para a mãe realizar a amamentação, vale se cercar de um cuidado redobrado na preparação do leite. Higiene e limpeza são fundamentais. No mais, evite expor a criança em ambientes fechados ou com muita gente, a fim de diminuir as chances de infecções.

Recuperação pós-parto: quando a criança suga os seios e permite a saída do leite, há liberação do hormônio ocitocina, contribuindo na volta do útero ao tamanho normal. Reduzem-se também as chances de anemia e os sangramentos, de acordo com Denise. Com ou sem o aleitamento materno, procure seguir as orientações médicas para uma melhor recuperação, também nessa fase.

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